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Psicóloga Bruna Lunardi
Breves escritos
Nesta página você poderá ler um pouco mais sobre o processo de psicoterapia psicanalítica.
Psicoterapia presencial
Psicoterapia presencial ou online?
A modalidade online comporta as mesmas demandas que o atendimento presencial. Fica à critério do paciente decidir qual delas melhor se encaixa em sua rotina e em suas preferências pessoais. Por exemplo, se a sua carga horário de trabalho semanal é muito grande, restando pouco tempo para deslocamentos, o atendimento online pode ser uma boa opção. Se, por outro lado, você mora em um local com pouca privacidade e não consegue realizar as sessões com tranquilidade, o atendimento presencial pode ser a melhor opção. Tem também aqueles casos que a pessoa prefere ver e ouvir o psicólogo ao vivo e a cores ou, ainda, aqueles que são tímidos demais e preferem permanecer online.
Entenda qual a modalidade que faz mais sentido para você e siga em frente.
Em termos técnicos, o atendimento online foi regulamentado pelo Conselho Federal de Psicologia, através da resolução Nº 11, de 11 de maio de 2018 e é indicado para todos os casos passíveis de atendimento presencial, exceto para casos severos de comprometimento psicológico.
Quando há risco iminente de suicídio, recomenda-se que o paciente possa ter suporte presencial de uma equipe multiprofissional.
Ansiedade
A ansiedade, sob a perspectiva psicanalítica, é um fenômeno complexo e fundamental na compreensão do funcionamento psíquico humano. Segundo a teoria freudiana, a ansiedade é uma emoção inerente à condição humana, sendo considerada um mecanismo de defesa diante de conflitos internos e demandas do mundo externo.
Na psicanálise, a ansiedade está associada ao funcionamento do aparelho psíquico e se manifesta de diversas maneiras. Freud delineou três tipos principais de ansiedade: a ansiedade realista, a ansiedade neurótica e a ansiedade moral.
A ansiedade realista está ligada à ameaça iminente no mundo externo, como perigos físicos ou situações de vida. É uma resposta natural a eventos que representam perigo tangível à integridade física ou emocional.
Já a ansiedade neurótica é resultado de conflitos internos, que podem surgir quando desejos inconscientes entram em conflito com as normas e valores internalizados da sociedade, gerando um estado de desconforto psíquico.
A ansiedade moral, por sua vez, está relacionada ao medo de transgredir os próprios princípios éticos e morais, originando-se da consciência sobre a transgressão de normas sociais ou pessoais.
É importante destacar que, na visão psicanalítica, a ansiedade é uma resposta normal do organismo, porém, quando se torna excessiva e persistente, pode causar sofrimento e impactar significativamente a vida do indivíduo, levando a sintomas físicos, emocionais e comportamentais.
Na terapia psicanalítica, o trabalho busca compreender as origens inconscientes da ansiedade, explorando os conteúdos reprimidos e os mecanismos de defesa utilizados para lidar com os conflitos internos. Ao trazer à consciência os elementos inconscientes que geram ansiedade, o objetivo é possibilitar ao paciente uma compreensão mais profunda de si mesmo, promovendo a elaboração e a busca por formas mais saudáveis de lidar com os conflitos internos.
Assim, a abordagem psicanalítica oferece um olhar aprofundado sobre a ansiedade, considerando suas raízes no inconsciente e sua relação com os processos internos do sujeito, visando não apenas aliviar os sintomas, mas também promover uma transformação mais profunda e uma melhor qualidade de vida emocional.
Depressão
A depressão, do ponto de vista psicanalítico, é uma condição complexa que envolve aspectos emocionais, psicológicos e inconscientes. Segundo a teoria freudiana, a depressão pode ser entendida como uma questão emocional resultante de conflitos internos, perdas significativas e dificuldades na elaboração de certas experiências.
Na psicanálise, a depressão é vista como um quadro que está enraizado em aspectos profundos do inconsciente do indivíduo. Freud inicialmente descreveu a depressão como um luto patológico, referindo-se à perda de um objeto amado - seja uma pessoa, um ideal, uma situação ou um aspecto de si mesmo.
A incapacidade de elaborar adequadamente o luto e aceitar a perda pode resultar na internalização da raiva, culpa, tristeza e desamparo, levando a uma condição depressiva.
Além disso, a psicanálise enfatiza a importância das experiências infantis na formação da personalidade e na manifestação de sintomas depressivos na vida adulta. Traumas precoces, experiências de abandono, negligência ou situações de apego inseguro na infância podem contribuir para o desenvolvimento de um padrão depressivo ao longo da vida.
Na psicoterapia psicanalítica, o foco está na exploração do inconsciente do paciente, buscando identificar os conflitos não resolvidos, as perdas não elaboradas e os sentimentos reprimidos que estão contribuindo para a depressão. Ao trazer à consciência esses conteúdos inconscientes, o objetivo é possibilitar que o paciente compreenda e trabalhe os elementos subjacentes que contribuem para seu estado emocional.
Ao longo do processo terapêutico, o paciente é encorajado a expressar livremente seus pensamentos, emoções e associações livres, enquanto o terapeuta atua como um guia para explorar as origens e significados ocultos dos sintomas depressivos. O objetivo final é promover uma maior compreensão de si mesmo, permitindo ao indivíduo lidar de forma mais adaptativa com suas emoções e experiências passadas, reduzindo assim o impacto da depressão em sua vida diária.
Traumas
Na psicanálise, o trauma é considerado um evento perturbador que afeta profundamente o funcionamento psíquico de uma pessoa. Pode ser originado por eventos únicos, como acidentes, abusos, perdas significativas, ou mesmo por situações prolongadas de estresse intenso, como abuso emocional ou negligência. O impacto do trauma é frequentemente determinado pela incapacidade do sujeito de processar e integrar adequadamente as emoções e as memórias associadas ao evento.
A psicanálise entende que o trauma não reside apenas na experiência em si, mas também na incapacidade do sujeito de elaborar psiquicamente o que aconteceu. Frequentemente, as memórias traumáticas são reprimidas ou fragmentadas no inconsciente, e o retorno dessas lembranças pode causar revivências angustiantes, sintomas psicológicos e emocionais intensos, como flashbacks, pesadelos, ansiedade ou até mesmo transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
No processo psicanalítico, o trabalho terapêutico visa ressignificar e integrar as memórias traumáticas, auxiliando o paciente a revisitar essas experiências dolorosas de forma gradual e segura. Através da escuta atenta, da análise dos sonhos, das associações livres e da interpretação, o psicoterapeuta busca identificar os conflitos inconscientes relacionados ao trauma, oferecendo ao paciente a possibilidade de elaborar emocionalmente essas vivências.
A reconstrução do significado do trauma e a reintegração das emoções reprimidas ajudam o indivíduo a reduzir o impacto do evento traumático em seu presente, permitindo-lhe um processo de cura gradual. Embora o trauma não possa ser apagado, a psicanálise procura promover uma transformação no modo como o sujeito percebe e lida com as experiências dolorosas, visando restaurar o equilíbrio psíquico e emocional.
Brasileiros residentes no exterior
A psicanálise, como abordagem terapêutica, pode ser uma aliada importante para brasileiros que residem no exterior, enfrentando desafios e demandas emocionais específicas relacionadas à experiência de viver longe de seu país de origem.
Nestes casos, os desafios emocionais podem ser diversos: lidar com a saudade da família e amigos, adaptar-se a uma cultura e costumes diferentes, enfrentar barreiras linguísticas, lidar com questões de identidade e pertencimento, entre outros aspectos.
A psicanálise oferece um espaço seguro e acolhedor para explorar essas questões, permitindo que os pacientes expressem livremente seus pensamentos, emoções e conflitos internos. O psicoterapeuta psicanalítico, por meio de uma escuta atenta e sem julgamentos, ajuda o paciente a compreender as complexidades subjacentes aos sentimentos de estranhamento, solidão, ansiedade ou outros desafios emocionais decorrentes da experiência de viver longe de sua terra natal.
Além disso, a psicanálise pode ajudar na construção de novos significados e identidades, auxiliando os brasileiros expatriados a integrar aspectos da cultura de acolhimento com suas próprias raízes culturais, contribuindo para um senso mais amplo de identidade e pertencimento.
É fundamental ressaltar que encontrar um psicoterapeuta que compreenda a cultura e a língua é um fator importante para os brasileiros que buscam suporte psicológico no exterior, facilitando a comunicação e a compreensão das particularidades culturais e emocionais.
Em resumo, a psicanálise pode ser um recurso valioso para brasileiros residentes no exterior, oferecendo um espaço psicoterapêutico para explorar e compreender questões emocionais e psicológicas relacionadas à experiência de viver longe de seu país de origem, contribuindo para um processo de adaptação mais saudável e um maior bem-estar emocional.
Por que não existe receita de bolo em psicanálise?
Uma das primeiras “decepções” que encontramos no processo de análise é descobrir que não se tem receita de bolo para nenhum sintoma. O analista não é o “master chef” que sabe aquela receita secreta que vai funcionar. Cada sujeito é único, tem sua história, sua trajetória, seu desejo, sua vida. O que acontece em análise é algo de ordem singular, que vai ser construído pela dupla, a quatro mãos. Exige coragem para entender as feridas, os “bolos abatumados”.
É dolorido procurar e não encontrar uma receita pronta, aquela que te serve. Por um lado, é assustador, nos toca nas dores mais profundas, de desamparo talvez. Por outro, é libertador poder construir o “seu próprio bolo”, com sabor único, sem sentir que está seguindo nenhuma receita que inventaram para você.
Por que dicas e livros de autoajuda não funcionam?
Você já deve ter ouvido e lido várias dicas de auto ajuda. E alguns conteúdos são até profundos e científicos. Contudo, eles partem do pressuposto que as pessoas controlam tudo o que acontece com elas. Que o sujeito sabe e controla os seus sucessos e os fracassos. Ou seja, que tudo é consciente. Porém, é aí que entra o contra ponto com a psicanálise, que entende que todos nós temos uma instância mental chamada inconsciente, que é formada por todas as nossas experiências desde antes do nascimento e que desconhecemos boa parte dela. Não basta só querer para conseguir. Exige um trabalho duro e longo antes disso. Muitas vezes queremos, mas nos sabotamos, nos impedimos ou nem sabemos o que queremos. Sim, o nosso insconsciente consegue nos boicotar sem nem percebermos. Então, não fique sofrendo por não conseguir seguir aquela dica valiosa de autoajuda. Se você quer mudanças, primeiro entenda o seu inconsciente. “Olhe e limpe a ferida”, para que depois ela possa cicatrizar.
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